segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Papa estimula investigação com células estaminais sem destruição de embriões

Bento XVI disse que a Igreja não se opõe à investigação com células estaminais, desde que não haja destruição de embriões.


"A pesquisa deve ser justamente encorajada e promovida, sempre que não for feita em detrimento de outros seres humanos, cuja dignidade é intocável desde os primeiros momentos da existência", referiu o Papa, durante a audiência geral do dia 27-06-2007.


Ao saudar aos participantes de um congresso internacional sobre células estaminais adultas, organizado pela Universidade "La Sapienza" de Roma, o Pontífice lembrou que a posição da Igreja neste campo, "apoiada pela razão e pela ciência, é clara".


A Igreja promove a investigação em células estaminais não embrionárias, que existem no sangue do cordão umbilical ou na medula óssea, por exemplo, consideradas por alguns especialistas melhores para o tratamento das doenças do que as dos embriões.

Internacional | Octávio Carmo | 2007-06-27 | 17:26:00 | 878 Caracteres | Bento XVI

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

LusoCord obteve mais de mil doações de células estminais em seis meses (artigo de 2010-01-04)...


O Banco Público de Células Estaminais do Cordão Umbilical (LusoCord) ultrapassou as mil amostras em seis meses de funcionamento, graças à “generosidade” dos portugueses que têm enchido este “mealheiro” de vida com hipóteses reais de tratamento, principalmente, dos cancros do sangue.

Segundo a Agência Lusa, Helena Alves, directora do Centro de Histocompatibilidade do Norte, onde funciona o LusoCord, mostrou-se surpreendida com este número, uma vez que esta meta estava estimada para um período

de dois anos.

De acordo com a responsável, parte do sucesso do LusoCord deve-se a grande divulgação do banco, que está a ser feita por grávidas, principalmente através da Internet. “Temos uma consciência cívica muito boa nas mães e nos casais”, referiu, ressalvando o elevado nível de informação que estas pessoas revelam sobre este serviço, na medida em que os futuros pais aparecem nos consultórios e maternidades a demonstrar saberem quase tanto ou mais do que os médicos e enfermeiros sobre o banco.

“As pessoas ouvem falar nas crianças e nos doentes que necessitam de um transplante de medula óssea, sabem que o sangue do cordão é um recurso a aplicar e a aproveitar no transplante e sabem que, não sendo aproveitado, não vai servir para nada e será um desperdício de algo que pode ser precioso para salvar a vida de alguém”, afirmou.

Por outro lado, acrescentou, ao doar o sangue do cordão umbilical, os pais marcam de uma forma importante “um período sagrado, que é o do nascimento”, sendo esta
“uma forma de contribuir para renascer alguém que está doente”.

Para já, o banco está apenas a recolher amostras, mas deverá iniciar a sua distribuição ao longo deste ano, anunciou Helena Alves. A distribuição das células estaminais que existem no sangue do cordão umbilical será feita para receptores compatíveis.Os doentes com os “cancros do sangue” são os principais destinatários, mas também pessoas com doenças raras e alguns tipos de anemias e casos em que a medula deixa de funcionar devido a efeitos tóxicos, como a quimioterapia.

Cada amostra tem três por cento de probabilidades de ser utilizada. A especialista acredita que são “hipóteses reais” de tratamentos com as células estaminais do cordão umbilical, ao contrário do que publicitam as empresas privadas de crioconservação, pois “se alguém tiver a infelicidade de precisar de ser transplantado vai recorrer ao banco público, porque as células das pessoas que vêm a ter leucemia já têm alterações genéticas aquando do nascimento”.

Artigo retirado de " http://www.cienciahoje.pt/ " :)

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

E você, gostaria?! :)


Esta imagem foi retirada da revista nº 113 (Setembro de 2007) da Super Interessante de um artigo sobre estudos relacionados com o envelhecimento. Há muitos cientistas, entre eles Aubrey Grey, que defendem que há processos relacionados com a reparação de tecidos que investigados agora, podem ser postos em prática dentro de poucas décadas. EstesBlockquote processos estão, claro está, muito relacionados com a investigação de células estaminais e têm como objectivo permitir uma vida útil indefinida aos seres humanos ( defendem assim, que é possivel envelhecer em idade e permanecer muito jovem em tudo o resto) ;
E você, gostaria de vir a ser como uma dessas pessoas da imagem? Melhor dizendo, gostaria de ser eterno com qualidade de vida? :) Parece-nos tentador... :)

domingo, 10 de janeiro de 2010

O que são? / Criação de um banco público de criopreservação das células estaminais (Que vantagens?) ;


Portugal está quase a fazer um ano desde o debate mensal na assembleia da Republica, em que o primeiro-ministro anunciou a criação de um banco público de células estaminais!

Após esta declaração, surgiu um debate na Antena 1, no programa Antena Aberta.


"As células estaminais são células indiferenciadas que podem dar origem aos diferentes tipos de células de um organismo. Estas células têm ainda capacidade de se auto-renovar. Isto significa que uma célula estaminal ao dar origem a uma célula mais especializada (diferenciada) dá também origem a uma cópia idêntica de si mesma, e tem também capacidade de se multiplicar aumentando o número de células estaminais (expansão). Existem diferentes tipos de células estaminais.
Durante o desenvolvimento embrionário, estas células especializam-se, originando os vários tipos de células do corpo, desde as células do músculo cardíaco, células nervosas, glóbulos vermelhos ou células da pele, ou mesmo, por exemplo, as células que fazem parte do olho. Mais tarde, no indivíduo adulto, as células estaminais reparam tecidos danificados e substituem as células que vão morrendo."


O que se tentava discutir no programa Antena Aberta, na Antena 1 era a utilidade deste banco público de células estaminais, os benefícios para o país e por fim a utilidade de uma medida destas numa altura de crise económica.

Uma das convidadas em estudo dizia que a manutenção de um banco com aproximadamente 10000 amostras custaria ao país entre 1 e 2 milhões de Euros por ano.

Podemos olhar para este valor de várias formas, podemos pensar que se com este dinheiro conseguirmos salvar nem que seja uma vida de uma criança com leucemia(por exemplo), o dinheiro será bem empregue. Por outro lado, um dos convidados do debate afirmou que neste momento das colheitas feitas e preservadas, só 30% é aproveitável, já seja devido a problemas na colheita, na preservação ou das próprias células. Sendo que o tempo de vida máximo de uma colheita é de 20 anos, passado o que deixam de ser utilizáveis.



Contudo, e com uma maior investigação nos processos de criopreservação, serão aproveitadas muitas mais colheitas e o tempo de vida máximo de uma colheita poderá ultrapassar os 20 anos.



Há cientistas que acham indiscutível a importância de um banco público de células estaminais.



E pensado por nós, um investimento neste serviço poderá salvar mesmo assim muitas vidas e se Portugal investe tanto dinheiro em coisas que não são tão úteis para a saúde humana, porque não abdicar de certos gastos e investir em algo de interesse geral?!

O banco público português de células estaminais já foi criado, em junho de 2009 e já houveram cerca de 1000 doações de células estaminais do cordão umbilical!



Que nos dizem acerca deste tema? :)