segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

LusoCord obteve mais de mil doações de células estminais em seis meses (artigo de 2010-01-04)...


O Banco Público de Células Estaminais do Cordão Umbilical (LusoCord) ultrapassou as mil amostras em seis meses de funcionamento, graças à “generosidade” dos portugueses que têm enchido este “mealheiro” de vida com hipóteses reais de tratamento, principalmente, dos cancros do sangue.

Segundo a Agência Lusa, Helena Alves, directora do Centro de Histocompatibilidade do Norte, onde funciona o LusoCord, mostrou-se surpreendida com este número, uma vez que esta meta estava estimada para um período

de dois anos.

De acordo com a responsável, parte do sucesso do LusoCord deve-se a grande divulgação do banco, que está a ser feita por grávidas, principalmente através da Internet. “Temos uma consciência cívica muito boa nas mães e nos casais”, referiu, ressalvando o elevado nível de informação que estas pessoas revelam sobre este serviço, na medida em que os futuros pais aparecem nos consultórios e maternidades a demonstrar saberem quase tanto ou mais do que os médicos e enfermeiros sobre o banco.

“As pessoas ouvem falar nas crianças e nos doentes que necessitam de um transplante de medula óssea, sabem que o sangue do cordão é um recurso a aplicar e a aproveitar no transplante e sabem que, não sendo aproveitado, não vai servir para nada e será um desperdício de algo que pode ser precioso para salvar a vida de alguém”, afirmou.

Por outro lado, acrescentou, ao doar o sangue do cordão umbilical, os pais marcam de uma forma importante “um período sagrado, que é o do nascimento”, sendo esta
“uma forma de contribuir para renascer alguém que está doente”.

Para já, o banco está apenas a recolher amostras, mas deverá iniciar a sua distribuição ao longo deste ano, anunciou Helena Alves. A distribuição das células estaminais que existem no sangue do cordão umbilical será feita para receptores compatíveis.Os doentes com os “cancros do sangue” são os principais destinatários, mas também pessoas com doenças raras e alguns tipos de anemias e casos em que a medula deixa de funcionar devido a efeitos tóxicos, como a quimioterapia.

Cada amostra tem três por cento de probabilidades de ser utilizada. A especialista acredita que são “hipóteses reais” de tratamentos com as células estaminais do cordão umbilical, ao contrário do que publicitam as empresas privadas de crioconservação, pois “se alguém tiver a infelicidade de precisar de ser transplantado vai recorrer ao banco público, porque as células das pessoas que vêm a ter leucemia já têm alterações genéticas aquando do nascimento”.

Artigo retirado de " http://www.cienciahoje.pt/ " :)

2 comentários:

Joao G. disse...

Muitas boas razões para quem não é a favor do investimento nesta prática, passar a ser! Bom artigo! ;)

Parabens ao vosso grupo que visivelmente tem feito grande trabalho!

Guakjas disse...

Considero positiva a adesão dos casais portugueses a esta prática. Afinal o que está em causa é a saúde do seu filho. Se bem que só serve para casos excepcionais mas isto é uma grande "segurança", digamos.

Bom artigo ;)

Beijinhos